- Drogas são produtos de ingestão com efeitos psicoativos e psicossomáticos, tecnologias de si, que permitem auto plasticidade psíquica nas esferas sensoriais, cognitiva, afetiva e de humor - afirma o historiador e professor de História Moderna na USP Henrique Carneiro.
Para a filósofa Marcia Tiburi, elas são um um objeto tratado por todos nós como o maior tabu de nossa época. Paradoxalmente, a mesma sociedade que julga e exclui viciados ajuda a produzi-los.
Na perspectiva da psicóloga Loiva de Boni Santos, a redução de danos é um caminho construtivo e mais saudável para tratamento dos dependentes.
- A repressão não leva a lugar nenhum e não há como se viver em uma sociedade sem droga. Drogas lícitas e ilícitas são o segundo maior mercado do mundo - afirma Loiva.
Desafiador, em nossos tempos, é construir um olhar atualizado para um tema cujo modelo normativo tem um século de existência. Eis, então, uma das justificativas deste Dialeto.
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