A moça do corpo dourado, do sol de Ipanema chega aos 50 anos tal e qual quando debutou, nos primórdios da década de 1960: moderna, leve, sempre disposta a renovações - e transgressões.
Eletrônica, jazzística, folclórica, funkeira, tecno-japa, a garota é do mundo - virou inclusive garoto, na versão dance de Cristal Waters, The Boy from Ipanema, em meados dos anos 1990.
Cinco décadas e milhares de versões pelo mundo depois, é curioso relembrar como a melodia de Tom e os versos de Vinicius chegaram pela primeira vez aos ouvidos brazucas, em 2 de agosto de 1962, no restaurante Au Bon Gourmet, no Rio de Janeiro. Era a estreia da show Um Encontro com..., estrelado por Tom Jobim, Vinicius de Moraes e João Gilberto, mais a participação especial do conjunto vocal Os Cariocas.
Na reportagem especial do Almanaque deste final de semana, você confere ainda as lendas que cercam a criação da música. Garota de Ipanema, ou melhor, Menina que Passa, tinha outra letra e os seguintes versos: "Vinha cansado de tudo/ De tantos caminhos/ Tão sem poesia/ Tão sem passarinhos/ Com medo da vida/ Com medo de amar/Quando na tarde vazia/ Tão linda no espaço/Eu vi a menina/Que vinha num passo/Cheio de balanço/ Caminho do mar".
Mas os compositores não gostaram dessa versão e ela acabou ganhando a letra conhecida mundialmente. Outra curiosidade são as versões e ritmos que a canção recebeu nessas cinco décadas.
Há versões para Garota de Ipanema em estilos tão diferentes como punk, soul, mangue, axé, funk, hip hop e pagode. Há gravações em piano, orquestra sinfônica, em quarteto de cordas, em big band, em sextetos de jazz, em conjuntos de cocktail lounge, em grupo de mariachis e até em banda de gaita de foles.
Leia a matéria completa na revista Almanaque deste final de semana.
Aniversário
Música Garota de Ipanema completa 50 anos de sua primeira apresentação em público
Canção debutou em show no Rio de Janeiro em 2 de agosto de 1962
Rodrigo Lopes
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