A trajetória do grupo de Escoteiros Moacara evidencia-se pelo comprometimento de pais responsáveis e por uma classe empresarial sensível com a educação dos jovens. A fundação da instituição, em 15 de junho de 1967, pelo porto-alegrense Ismar Bauler, demonstrou que a capacidade humana associada a pessoas de bem pode criar significativos projetos educativos.
Desde então, foi desenvolvido um engajamento social muito forte com meninos e meninas de Caxias do Sul. A programação das atividades possui uma consistente disciplina de organização e respeitos aos princípios éticos, cívicos e patrióticos.
Os escoteiros são identificados pela sua indumentária, que consiste num uniforme composto por bermuda, tênis, meia, cinto, lenço e chapéu. Nos acampamentos, mochila, cantil, bastão de caminhada e barraca são os apetrechos básicos. As tarefas junto à natureza visam desenvolver aptidões e superar dificuldades em provas de resistência, preparando e equilibrando o aspecto físico com o emocional.
Em fevereiro de 1975, o Grupo Moacara viveu um momento inesquecível de sua relação com a comunidade. Por ocasião do centenário da Imigração Italiana, foi realizado no Desvio Rizzo o Acampamento Nacional Escoteiros da Integração (Anei).
O evento foi prestigiado pelo presidente da República Ernesto Geisel, que elogiou a interação dos escoteiros com o espírito patriótico. O encontro, que envolveu escoteiros de diversas cidades vizinhas, recebeu apoio do Expresso Caxiense, no transporte, e do Frigorífico Rizzo, na permissão do local para acampar.
Na imagem acima, percebe-se a inauguração da sede do Moacara, em três de novembro de 1985, localizada no Parque da Festa da Uva. Na ocasião, o convênio de uso do local promoveu o plantio de um parreiral.
Apoio na imprensa
A satisfação de orientar os jovens através do escotismo não tem limites. Desde que foi constituído, religiosos, políticos e empresários dedicaram-se com amor e paixão pela consolidação do Grupo Moacara. A título simbólico, mencionam-se as contribuições do pastor Eurico Daudt, do historiador Mário Gardelin, dos empresários Mario D’Arrigo, Dalvino Tondo, Valter Beretta, entre outros, e dos ex-prefeitos Mário Ramos, Mário Vanin e Victorio Trez.
O jornalista José Ferreira Machado, desde os primórdios, engajou-se em fortalecer os propósitos do movimento de escoteiros. Na década de 1970, Machado publicava a coluna Escotismo em Marcha, no Pioneiro. A histórica reportagem do acampamento do Anei, em 1975, foi José Machado quem escreveu e fotografou.
Interação cultural no Exterior
O escotismo do Grupo Moacara leva com orgulho o nome de Caxias do Sul. Em fevereiro deste ano, uma expedição formada por 14 escoteiros e cinco chefes rumou à deslumbrante Patagônia. A caminhada de 80 quilômetros, pelas belas montanhas da Argentina e Chile, foi rigorosamente planejada.
A forma comunitária, de captar recursos e viabilizar o projeto, denota o envolvimento agregador de pais e simpatizantes do escotismo. O trabalho de organizar rifas e almoços resultou exitoso, permitindo a concretização de um sonho dos jovens caxienses que vivem intensamente o ânimo saudável e educativo.