Bom Dia! É muito bom acordar e saber que é sábado... A vida precisa de intervalos e de muita leveza... Os dias imprimem velocidade e até ansiedade... O segredo é viver com intensidade e com alegria... Somos peregrinos da esperança: sabemos que a vida vale a pena, mesmo... Somos eternos aprendizes... Feliz dia!
“Já que não tenho o dom de modificar uma pessoa, vou modificar aquilo que posso: o meu jeito de olhar para ela.” (Pe. Fábio de Melo).
Guardo comigo uma coleção de olhares. A comunicação existente num olhar é simplesmente incrível. Olhares falam, aplaudem, elevam e, também, anulam. Deveríamos ser especialistas no uso do olhar. Recordo de olhares que penetraram a alma. Em alguns momentos, percebi olhares de indiferença e de discriminação. É evidente que não podemos balizar nossa existência através dos olhares alheios.
Com certeza, entre encontros e desencontros, existe algo que sempre pode ser transformado: a forma como escolhemos olhar para o outro. Há dias em que nos frustramos porque o outro não age como esperamos. Criamos expectativas, alimentamos a esperança de mudança, acreditamos que nossas palavras e exemplos seriam suficientes para provocar uma transformação. Mas o tempo, com sua paciência firme, vai nos ensinando que mudar alguém não é algo que está ao nosso alcance.
O que está ao nosso alcance é o modo como olhamos. O olhar pode aprisionar ou libertar, acusar ou compreender. Quando mudamos o jeito de ver, algo também se move dentro de nós. A rigidez dá lugar à aceitação. A cobrança cede espaço para a compaixão. Talvez o outro continue exatamente como antes, mas já não nos machuca da mesma forma. Porque o peso diminuiu e o julgamento perdeu força. Ao escolhermos um novo olhar, reconhecemos que cada pessoa carrega uma história que não conhecemos por inteiro, e que há dores e razões que não nos foram contadas.
Isso não justifica os erros, mas humaniza os gestos. O olhar que compreende não é o que tudo aceita, mas o que não alimenta mágoas. Viver em paz com o outro, muitas vezes, começa por cessar a luta interna de querer mudá-lo. Mudar o olhar não é desistência, é maturidade. É colocar o foco naquilo que depende de nós: o coração sereno, a empatia que acolhe, o silêncio que respeita. Quando o olhar muda, a relação também se transforma, mesmo que silenciosamente. Talvez o mundo precise mais de olhos que entendem do que de vozes que exigem. Vamos nos esforçar para qualificar nosso olhar. Olhar com amor é algo muito especial.
Bênção! Paz & Bem! Santa Alegria! Abraço!