A poetiza mergulha, ela sabe nadar, gosta do profundo. A cronista teme as águas, olha de longe e em tu vê perigo. Ambas moram dentro de mim, ambas estão certas em seu modo de existir e dividem espaço sob minha pele. Uma se lança e, afobada, sofre. A outra se retém, avaliando que não morre hoje e, com sorte, nem amanhã. A primeira, vive e paga, a segunda, nem sabe o que é viver.
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