Sentada ao meu lado, a pequena Aurora, de sete anos, era a mais jovem espectadora, pelo que pude conferir, na plateia da peça teatral Miseri Coloni Dá Voz ao Silêncio. Antes de começar a sessão, vi chegar um noninho curvado sobre a bengala, os passos miúdos e cuidadosos, mas no rosto uma expressão de prazer antecipado. Detrás da minha poltrona, uma família inteira ocupava uma mesma fileira, reunindo diferentes gerações. Gente se cumprimentava, com acenos efusivos, dos vários cantos da sala. Não, não era apenas uma comum ida ao teatro numa noite de janeiro em Caxias do Sul: era um acontecimento festivo, riquíssimo em simbologias. Era a manifestação de uma cultura única a celebrar com arte e alegria seus códigos também únicos.
TOM HISTÓRICO
Opinião
Nanetto faz cem anos
Grupo Miseri Coloni reafirma o encanto eterno do personagem icônico da cultura oriunda da imigração italiana
Nivaldo Pereira
Enviar email