
Foram sete meses, mas não se pode dizer que o período de Luizinho Vieira no comando do Caxias foi monótono. Muito pelo contrário.
Em campo, o time teve resultados satisfatórios no Gauchão e avançou à segunda fase da Copa do Brasil, mas sempre com alguma ressalva. Seja pelas escolhas do treinador ou pela série de lesões que acometeu o clube, o Caxias nunca convenceu. E isso não se definiu apenas por questões táticas, mas de postura, de organização em campo.
Soma-se a isso o fato de Luizinho ter chamado para si uma grande responsabilidade ao afirmar que queria um Caxias protagonista. Era uma antítese do que se via dentro de campo, e o torcedor, obviamente, cobrava a mudança. A partir daí, a relação dos grenás com o comandante foi se desgastando, até pela forma como o técnico se comportava na beira do campo.
O fato é que Luizinho Vieira chegou cercado de grande expectativa, especialmente pelo trabalho que tinha feito no Ypiranga e pelo acesso no Amazonas. No Centenário, não conseguiu construir um time, apresentar uma identidade em campo.
E, neste momento, o que talvez mais tenha pesado para a escolha da direção foi o fato de que o grupo teve uma longa intertemporada, antes da Série C do Brasileiro, e nada se viu de diferente em campo. O time seguiu espaçado, com dificuldades defensivas e pouca criatividade.
Assim, a saída era questão de tempo, e o Caxias optou pela mudança imediata, já que Luizinho não tinha mais clima para treinar a equipe diante do Guarani.