Nada é por acaso. Caxias do Sul tem seus vínculos e raízes com o passado, mas também sabe ser contemporânea e vanguardista. Um dos exemplos mais emblemáticos e simbólicos é a Cia. Municipal de Dança.
Criada por meio de lei municipal em 1997, durante a gestão de Tadiane Tronca à frente da Secretaria da Cultura, teve como sua primeira diretora Sigrid Nora. Já a estreia da Cia. ocorreu em 1998, por isso, os 25 anos de história celebrados em 2023.
Nessa trajetória há períodos pra celebrar, como o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), como Melhores de 2002. Porém, há cenas que envergonham, como aquela em que um bailarino da Cia. foi abordado e amarrado, pela Guarda Municipal, na Praça João Pessoa, em outubro de 2017. Os servidores da Guarda pensaram que ele estava em surto psicótico, no entanto, ele fazia uma performance de dança, durante o 8º Caxias em Movimento.
Como forma de celebrar o passado e, quem sabe, apontar novos futuros possíveis, a Cia. de Dança apresenta nos dias 1º e 2 de maio, às 20h, a obra coreográfica Passeios: A memória faz o resgate da trajetória, e comemorar é a ordem!, no Teatro Pedro Parenti. O espetáculo integra a Semana da Dança.
Os espectadores, no qual eu me incluo, torcemos para que as futuras políticas públicas, de fato, endossem essa história e recoloquem a Cia. de Dança no patamar de suas maiores conquistas, dentro e fora dos palcos, com coreografias fortes, pungentes e poéticas, mas também revelando novos talentos pro mundo da dança, mundo afora. Porque essa potência está no DNA da Cia.