
O leitor já deve ter percebido a grande presença de falantes de língua espanhola em Caxias do Sul. Eu, sempre que ouço alguém falando em espanhol no mercado ou em um restaurante, por exemplo, pergunto: de onde você é? E a resposta, na maioria das vezes, é "Venezuela".
Os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) reforçam a pesquisa informal que realizo no meu dia a dia: em 2024, 5.486 venezuelanos estavam empregados com carteira assinada em Caxias — 2,3 mil a mais do que em 2023 e 3.492 a mais do que em 2022.
Conforme os dados, compilados pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Assistência Social (FGTAS) a pedido da colunista, eram, no total, 7.203 trabalhadores migrantes no mercado formal de trabalho em Caxias em 2024.
Além dos venezuelanos, 635 haitianos; 323 argentinos; 125 uruguaios; 107 senegaleses; 184 cubanos; 64 colombianos; 38 paraguaios; 36 peruanos; e 15 italianos. Essas são as nacionalidades com maior número de empregados.
Em 2023, o total de migrantes trabalhando formalmente em Caxias era de 4.784 e, em 2022, de 3.179. No RS, eram 42.634 postos ocupados por profissionais de outros países em 2024.