Quanto menos nos conhecemos, maior é a possibilidade de fazer escolhas erradas na vida. Sabemos disso, mas vamos seguindo sem investir na arte de nos esculpirmos interiormente. Ao me aprofundar no estudo da filosofia e do cérebro, duas paixões que têm me acompanhado, descubro quão proveitosa é essa capacidade de se observar antes de tomar algumas decisões e obter respostas pedagógicas. Tudo o mais é impulso, e ele costuma ser um péssimo conselheiro. Já errei bastante e, ao olhar em retrospecto, constato que a ação precedida por um pensamento analítico gera sabedoria. E, para isso acontecer, é necessário aquietar o turbilhão interno e só então deixar entrar em cena as resoluções a serem tomadas. O trabalho de se perceber com clareza é complexo e muitas vezes demoramos para traduzir conteúdos guardados no inconsciente. Quem já não se perguntou: mas como fui tão tolo para agir assim? Provavelmente porque a racionalidade passou longe e, movido por sentimento de raiva ou visando recompensas imediatas, decidiu errado.
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O amor aos livros e à investigação dos comportamentos humanos sempre me ocuparam
Gilmar Marcílio
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