Uma das boas séries que vi no ano passado foi, sem dúvida alguma, Ted Lasso. Conta a história de um treinador de futebol americano contratado por um time inglês para aprimorar seu desempenho em campo, com risco eminente de rebaixamento. Além do previsível choque cultural, encontra amplas resistências. A despeito disso, não capitula. Segue em frente, ignorando o achincalhamento da torcida e dos próprios jogadores. Num primeiro momento, ele parece francamente paspalho. Engano. A palavra certa para defini-lo deveria ser essa: bondoso. Sempre vê algo de positivo nas situações, mesmo quando o xingam por suas atitudes. Vive quase num mundo à parte, mantendo firme o seu intuito de dar o melhor de si, motivando os seus colegas. Fiquei encantado com o personagem, pois representa um tipo cada vez mais raro hoje em dia. Tirar vantagem de tudo, monetizando qualquer ação, parece o máximo aspirado atualmente. Nem precisa ter um grande conteúdo a oferecer, basta colocar em ação alguma estratégia de marketing. Enquanto assistimos ao desenrolar da trama somos convidados a frequentar um terreno absolutamente diverso. Perder ou ganhar não é fundamental. A correção e a fidelidade ocupam lugar central na existência desse ser quase utópico.
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Observar o que está no entorno, sem usar o filtro do egoísmo é tarefa destinado às pessoas de espírito filosófico
Gilmar Marcílio
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