Recebo um vídeo pelo Instagram. Uma mulher do interior mineiro, com saboroso sotaque interiorano, vai falando sobre a diferença entre pessoas inclinadas a ver o lado bom da vida e as que o obscurecem. Numa linguagem singela, coloquial, desfila situações nas quais observamos com clareza quem se encaixa em um ou outro grupo. A palavra parece desempenhar um papel definitivo neste contexto e, às vezes, uma simples inversão na ordem das coisas provoca grandes mudanças. Depende da aptidão em dar ênfase ao que verdadeiramente interessa. Alguns exemplos, segundo ela, definem claramente os pessimistas e os otimistas: Sobre os filhos: “é uma bênção, mas dá trabalho; ou, dá trabalho, mas é uma benção”. Quando adoece: “está melhor, mas ainda está doendo; ou, está doendo, mas já está melhor”. Se vai a um restaurante, diz: “é gostoso, mas é caro; ou é caro, mas é gostoso”. É conveniente deixar o encantamento por último, lembrando: só dói até passar. Uma variação de perspectiva dimensiona totalmente o que se apresenta diante de nós. Ou seja, de certa maneira, podemos alterar a realidade. Basta dar destaque ao positivo – e comumente o há.
Espalhar alegria
Prefiro, mil vezes, estar próximo dos compulsivamente felizes
Alguns os chamam de alienados, mas me parecem, pelo contrário, capazes de aproveitar o que lhes é jogado no colo
Gilmar Marcílio
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