Quem passar pela Praça Dante Alighieri nos 17 dias da 28ª Feira do Livro de Caxias do Sul poderá ter uma certeza: encontrar o patrono, o filósofo e escritor Gilmar Marcílio, seja em uma das atividades oficiais, seja circulando entre os estandes ou conversando com o público.
- Quero estar na praça todas as tardes, nos 17 dias. Para mim, a Feira é encontrar os leitores. Vou estar "em disponibilidade" - brinca Marcílio, que cancelou todos os demais compromissos nessas duas semanas para se dedicar exclusivamente à função de patrono.
Dono de uma biblioteca que inclui de 5 mil a 6 mil livros (ele parou de contar, confidencia), ele acredita que o mais importante da Feira é essa comunhão entre quem ama a leitura, sejam escritores ou leitores.
E ele estará dos dois lados, no de escritor e no de leitor. No dia 6 de outubro, lançará seu novo livro de crônicas, Tempos Felizes. E, quando sobrar um tempinho entre as participações em todas as edições do Venha ler Comigo (atividade em que dois convidados falam de suas leituras), a mediação dos bate-papos com os escritores João Gilberto Noll e Antônio Cícero e a sabatina a que será submetido no dia 4 pelos ex-patronos Marco de Menezes e Marcos Fernando Kirst, aproveitará para garimpar novas leituras.
Leitor eclético, que na adolescência dividia a leitura de gibis com a de Sartre, Balzac e Nietzche, Marcílio está lendo dois livros no momento: Sócrates, um Homem do Nosso Tempo, de Paul Johnson, e A Virada, de Stephen Greenblatt, ensaio vencedor do Pulitzer.
Feira do Livro
Patrono da Feira do Livro de Caxias, Gilmar Marcílio quer encontrar os leitores
Para ele, estar na feira é como voltar para casa
Maristela Scheuer Deves
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