Por Julcemar Zilli, economista
Há três anos, o Brasil testemunhava o nascimento de uma revolução nos meios de pagamento com o lançamento do Pix. Agora, em 2023, podemos avaliar o impacto desse sistema no cenário financeiro nacional. De acordo com dados da Febraban, nos primeiros seis meses deste ano, o Pix movimentou uma impressionante quantia de R$ 7,3 trilhões em todo o país, totalizando cerca de 17,6 bilhões de transações.
Em Passo Fundo, o Pix também está deixando sua marca, com um volume financeiro substancial nas transações. Em setembro de 2023, as transações realizadas por pessoas físicas atingiram a marca de R$ 604 milhões, um número que cresceu para R$ 640 milhões em outubro. Essa tendência ascendente sugere que os habitantes de Passo Fundo estão adotando cada vez mais essa forma de pagamento rápida e eficiente.
Ao analisarmos a média dessas transações, podemos verificar que Passo Fundo movimentou cerca de R$ 5,7 bilhões nos primeiros 10 meses de 2023, uma cifra que reflete a crescente confiança da população no sistema Pix. No entanto, é no cenário empresarial que o impacto é ainda mais expressivo, com previsões indicando que o Pix movimentou aproximadamente R$ 11,4 bilhões nos negócios locais durante o mesmo período, conforme dados do Banco Central.
O que torna o Pix tão atraente é a sua praticidade e agilidade. Com uma média de 2,2 milhões de transações mensais realizadas por pessoas físicas em Passo Fundo, a rapidez e eficiência do Pix estão se destacando.
O valor médio por transação das pessoas físicas, estimado em R$ 256, revela que o Pix não é apenas uma opção para grandes transações, mas também se adapta perfeitamente às necessidades do dia a dia, consolidando-se como uma escolha popular entre os cidadãos.
Mas qual é o impacto dessa revolução nos meios de pagamento na economia local?
Em primeiro lugar, o Pix está contribuindo para a dinamização do comércio, facilitando a realização de transações de forma rápida e segura. A liquidez proporcionada pelo sistema também tem o potencial de impulsionar a circulação de dinheiro na economia, fortalecendo os negócios locais.
Além disso, a redução dos custos e a eliminação de intermediários nas transações financeiras podem resultar em uma maior inclusão financeira, permitindo que um número maior de pessoas participe ativamente da economia. Isso cria uma base sólida para o crescimento econômico sustentável, promovendo a prosperidade tanto ao nível local quanto regional.
O Pix completou três anos no Brasil, e os números impressionantes de sua adoção em Passo Fundo indicam que essa revolução nos meios de pagamento está longe de perder força. À medida que mais pessoas e empresas reconhecem os benefícios do Pix, podemos esperar que seu impacto positivo na economia local e regional continue a se expandir, construindo um futuro financeiro mais eficiente e inclusivo para todos.
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