
O episódio conhecido como Chacina da Cohab ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (29): o Tribunal de Justiça (TJRS) anulou a condenação de Luciano Costa dos Santos (Costinha) e decidiu que o acusado de participar da morte de três pessoas da mesma família em maio de 2020 será julgado novamente.
O julgamento dos pedidos de anulação apresentados pela defesa foi no começo da manhã desta segunda em Porto Alegre. Na audiência, a Justiça manteve a absolvição de Monalisa Kich.
Luciano foi condenado a 44 anos de prisão em agosto do ano passado, pelas mortes de Alessandro dos Santos e Kétlyn Padia dos Santos, mas absolvido pela morte de Diênifer Padia. Ele é acusado de ser o elo entre os contratantes e os assassinos de Diênifer.
Segundo a investigação, Alessandro e Kétlyn, pai e filha, não eram alvos dos executores, mas foram mortos para eliminar as testemunhas do crime.
No entendimento da defesa, houve contradição insuperável no fato de Luciano ser condenado pelas duas mortes, que não eram o alvo, mas absolvido daquela que ele tinha ciência.
O TJ concordou com esse entendimento e anulou a condenação. Um novo júri ainda não tem data para acontecer.
Relembre o caso

Em 19 de maio de 2020, três pessoas da mesma família foram encontradas mortas dentro de casa, no bairro Cohab. As vítimas — Alessandro dos Santos, 35, sua filha Kétlyn Padia dos Santos, 15, e a tia da adolescente, Diênifer Padia, 26 — morreram por asfixia.
Dois homens cumprem pena pelo crime. Eleandro Roso, 44, foi condenado a 69 anos e seis meses de reclusão. Luciano Costa dos Santos, o Costinha, de 46, que havia sido condenado a 44 anos de prisão e vai a novo julgamento. Conforme o advogado de Luciano, José Paulo Schneider, a soltura ainda não foi discutida e a defesa avalia os próximos passos.
Também está presos os irmãos Fernanda e Claudiomir Rizzotto, indiciados como os responsáveis pelo triplo homicídio. Eles ficaram quatro anos foragidos e foram presos no fim do ano passado.