Um mês após a explosão que deixou dois funcionários mortos e quatro feridos, o prédio da fábrica de rações de Carazinho, onde aconteceu o acidente, segue sem autorização para retomar as atividades. O local tem laudo de interdição parcial, que impede o trabalho no local, possibilitando apenas que os reparos sejam realizados.
Conforme o sargento Ederson Castro, do Corpo de Bombeiros de Carazinho, nas 24 horas seguintes ao acidente, a Alisul Alimentos - Supra apresentou a certificação de um engenheiro que avaliou que a edificação podia ser usada com segurança, passando assim de interdição total para parcial. Mas, para voltar ao funcionamento normal, a empresa terá de concluir a manutenção necessária e apresentar novos laudos de engenheiros para solicitar a vistoria da corporação, que avaliará o retorno.
— Diferente do anterior, esse processo não tem um prazo fixo, então irá conforme o andamento da obra deles. O que não pode na interdição parcial é a empresa voltar a funcionar como indústria, então nesse meio tempo, a atividade está paralisada — explica Castro.
Em contato com a assessoria da empresa da Alisul, foi repassado que a reforma está em andamento, mas que mais informações não serão repassadas no momento.
A Polícia Civil de Carazinho investiga o caso, sob responsabilidade da delegada Rita Felber De Carli, que informou que aguarda resultados do Instituto-Geral de Perícias (IGP) para dar segmento aos trabalhos.
GZH também entrou em contato com o IGP, a respeito do laudo que apontará a causa da explosão, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Um ferido segue internado
A explosão aconteceu por volta das 14h30min do dia 5 de fevereiro, no nono andar do prédio da Alisul. Seis pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para atendimento médico em Carazinho e Passo Fundo. Três estavam em estado de saúde grave, com queimaduras de terceiro grau.
Dois deles não resistiram aos ferimentos e morreram nos dias 7 e 11 de fevereiro. Eles foram identificados como João Carlos Chaves e Adriano dos Santos Pedroso.
Apenas um dos feridos segue internado, em tratamento no Hospital de Clínicas de Passo Fundo. O estado de saúde dele é considerado estável.