A preocupação sobre os próximos anos da construção civil de Passo Fundo, no norte gaúcho, fez com que o Sinduscon, que representa as construtoras da cidade, mobilizasse uma campanha para atrair jovens ao setor.
Hoje há 107 prédios em construção e precisa-se de trabalhadores — em especial nas posições iniciantes, como servente de pedreiro. Os associados da entidade relataram que há cerca de 250 vagas abertas, todas para contratação CLT.
A campanha do Sinduscon quer mostrar que o trabalho na construção não é pesado como antes e pode se tornar bastante rentável. Serventes de pedreiro, por exemplo, começam ganhando R$ 1,8 mil, conforme o dissídio coletivo de 2025. Para profissionais, o valor inicial é de R$ 2,7 mil.
Além disso, há uma preocupação sobre o envelhecimento do quadro atual de trabalhadores, que hoje têm, em média, 45 anos.
— Passo Fundo está crescendo e precisamos dos jovens para construir juntos — disse o presidente da entidade, Cristiano Basso.
A campanha deve ser lançada oficialmente a partir da metade de fevereiro. No movimento, a entidade vai destacar que a tecnologia atual já faz com que o trabalho não seja essencialmente braçal, como já foi.
— Hoje as construtoras usam novos tipos de materiais, que eliminam a argamassa e o cimento. Se usa muito mais placas de drywall, cimentícias e, dependendo do padrão do empreendimento, mais vidro — explicou Basso.
Escola da Construção Civil
O Sinduscon tem um compromisso firmado com a prefeitura de Passo Fundo para montar a Escola da Construção Civil, um local de formação para profissionais da área.
A iniciativa deve ser lançada no segundo semestre do ano, em parceria com o Senai.
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