
Está aberta oficialmente a colheita da soja, a principal cultura de verão no Rio Grande do Sul, de 2025. A cerimônia oficial aconteceu na manhã desta sexta-feira (21) em Tupanciretã, no noroeste gaúcho.
Apesar do Rio Grande do Sul já ter 11% da área plantada de soja colhida, na solenidade o governador Eduardo Leite fez a tradicional colheita simbólica na Fazenda Pedras Brancas, da comunidade Lajeado do Celso. O encontro reuniu autoridades, produtores e empresários.
Nesta safra, a produção é estimada em 1,35 milhão de toneladas, 41% a menos que a estimativa inicial. A redução tem a ver com a estiagem, que prejudica a agricultura do Rio Grande do Sul pelo quarto ano seguido.
Segundo a Emater, as regiões mais afetadas pela estiagem são a Central, Missões, Campanha e Fronteira Oeste. Só no município de Tupanciretã, a quebra passa de 50%.
A expectativa inicial era que o RS produzisse 21,6 milhões de toneladas de grãos de soja nesta safra. Até o momento, porém, espera-se colher 15 milhões de toneladas, ou 30% a menos.
— Ou seja, temos lavouras que praticamente não vale a pena serem colhidas e lavouras que estão tendo um desempenho um pouco melhor — resumiu Luciano Schwerz, presidente da Emater.
Agricultura resiliente
Entre as alternativas está a irrigação. Segundo Leite, o governo tem projetos para incentivar os produtores à prática para tornar o setor mais resistente aos efeitos climáticos.
— O governo está ao lado dos produtores para criar condições e avançar mais fortemente na proteção das nossas lavouras em termos de irrigação e da preparação e correção do solo para garantir a fertilidade necessária para uma produtividade maior — afirmou o governador gaúcho.
A irrigação é justamente o que tem trazido resultados positivos às lavouras, mesmo em meio aos anos consecutivos de seca e tropeços na produtividade. A saída, segundo o supervisor de produção Marcos Escobar, é encontrar formas para uma agricultura resiliente:
— É preciso intensificar isso (a irrigação) tanto no estado quanto a nível nacional. Os desafios aparecem todos os dias: a gente trabalha com produção de sementes, então está mais difícil em função do clima, disparidade de grão, de umidade... tudo isso faz com que o trabalho no campo fique mais difícil.