Por Shaysann Kaun Faria, Superintendente da Pan American School de Porto Alegre
Transitar com eficácia e sucesso por um mundo sem fronteiras, onde todos estão interconectados, é uma das principais premissas de uma escola internacional. Nela, prima- se pelo desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas, pensamento crítico e comunicação _ que vão além de fórmulas matemáticas ou regras gramaticais. Os estudantes passam a compreender profundamente as diferenças entre os indivíduos e a buscar maneiras de se conectar com quem é diferente.
Isso porque entram em contato diário com pessoas que não pensam ou se comportam da mesma forma que eles. Por meio da diversidade de experiências de variadas culturas, etnias ou idiomas, eles aprimoram suas habilidades de empatia e compreensão. Procuram entender e se relacionar com outras pessoas que são distintas. Criam conexões para incluir todos, garantindo o sentimento de pertencimento.
Quando um estudante aprende a falar outro idioma, a compreensão do mundo muda
Quando um estudante aprende a falar outro idioma, a compreensão do mundo muda para sempre, pois ele acaba absorvendo aspectos culturais únicos. Ele também entende rapidamente que há palavras que não se traduzem em sua linguagem materna. Vocábulos como "saudade", por exemplo, passam a fazer parte do vocabulário daqueles que começam a dominar o português. Com a compreensão de que esse é um termo intraduzível, às vezes, os não nativos aderem à palavra mesmo ao falar em inglês.
Outro diferencial é a expansão de possibilidades: normalmente, eles se formam com mais de um diploma, um brasileiro, outro estrangeiro. Isso permite que os alunos tenham a oportunidade de fazer escolhas que melhor atendam às suas necessidades e interesses individuais, cursando faculdade dentro ou fora de seu país de origem.
Como mãe, sou grata por oportunizar diferentes experiências aos meus filhos, no Brasil e na Colômbia. A partir dessas vivências, eles desenvolveram empatia, e um senso de pertencimento onde quer que estejam. Como educadora, sou entusiasta da forma de ensinar não apenas sobre matemática ou geografia _ mas sobre relações baseadas em respeito mútuo e afeto, pois esses valores são, sim, tema de sala de aula.