Por Michel Gralha, advogado
A vida faz com que, a todo momento, tenhamos que tomar decisões. Algumas mais simples e outras muito mais complexas. Passamos por este mundo desta forma. O que fazer, para onde ir, com quem nos relacionar, no que acreditar, enfim, uma série de caminhos pelos quais temos que decidir.
Posicione-se para evitar que, no futuro, não tenhamos mais escolhas a fazer
Às vezes, parece que algumas coisas não dependem de nós. Que somos somente mais um no meio da multidão e que nossos atos não geram quaisquer consequências. Ledo engano. Se estamos inseridos na sociedade, qualquer ação ou omissão será direta ou indiretamente sentida pelos outros. Não tem jeito, seremos reflexos das nossas escolhas e, em período de eleições, isso tem muita relevância. Ainda mais em épocas tão polarizadas, em que as opiniões são rapidamente refutadas com pouquíssimo respeito.
Pois bem, temos o cenário imposto a nós e não há como fugir. Ficar indiferente é correr o risco de um futuro sombrio. Aí não adiantará reclamar. Neste horizonte, deveríamos ter receio do que poderá acontecer nas próximas eleições. Ouço de muitos que não conseguiriam votar em nenhum dos dois candidatos que lideram as pesquisas ou que, se estes realmente forem para o segundo turno, não votarão.
Pois é, furtar-se de posição pode ser nefasto. Pode fazer com o que o candidato inapropriado vença, ou que tenhamos anos dominados por um regime justamente oposto aos interesses da pessoa que se isentou. Nosso futuro dependerá da decisão de cada cidadão, para o bem ou para o mal, e não escolher é escolher errado.
Há inúmeros exemplos de países com altas abstenções que tiveram suas economias arruinadas por candidatos empossados na apatia da sociedade. Ser inerte, nesta conjuntura, é transferir as rédeas do seu país a quem assumiu o papel de ter candidato e se posicionou. É viver à deriva, pela decisão dos outros. Nestas eleições, pense nisso e faça sua vontade prevalecer. Posicione-se para evitar que, no futuro, não tenhamos mais escolhas a fazer.