Uma sociedade não é verdadeiramente democrática sem uma Justiça forte, independente e atuante. Por isso, é preocupante a situação enfrentada desde o começo da pandemia pelo Judiciário gaúcho. O primeiro impacto, uma imposição dos cuidados necessários à prevenção da covid-19, foi o fechamento dos foros e a suspensão dos prazos processuais. Quando, já neste ano, a economia e os serviços públicos ensaiavam um tímido retorno à normalidade possível, um ataque hacker de grandes proporções derrubou os sistemas que servem a magistrados, advogados, promotores, defensores e partes litigantes em todo o Rio Grande do Sul. Agora, quando o Tribunal de Justiça (TJ-RS) recuperava o fôlego, outro sobressalto, desta vez no banco de dados, gera novos transtornos aos milhões de cidadãos que dependem de decisões judiciais pendentes.
OPINIÃO DA RBS
União pela Justiça gaúcha
A dimensão sem precedente dessa crise levou o presidente do TJ-RS, desembargador Voltaire de Lima Moraes, a classificá-la como a mais grave da história do poder no Estado
GZH