Por Ana Tércia L. Rodrigues, presidente do CRCRS
Ao completarmos 74 anos de criação do curso de Ciências Contábeis, muitas mudanças afetam a profissão. O que predomina nas empresas são tecnologias e sistemas. No entanto, não podemos permitir que a inteligência artificial atrofie a nossa capacidade de raciocinar.
A contabilidade precisa promover o reencontro dos contadores com a essência da profissão, a missão para a qual existimos e que esteve perdida no emaranhado de obrigações fiscais e acessórias, mais a serviço dos interesses do Fisco do que à gestão societária e patrimonial das empresas. Que venham os robôs para executar com perfeição tudo que for mecânico e que não agregue valor. Que todo tempo investido em burocracia ao longo de anos de evolução profissional e regulatória, seja convertido em experiência, conhecimento e atualização para atuarmos em economia de alta performance, elevando o status das empresas para obter os melhores resultados, diminuir o tempo de retorno dos investimentos, otimizar recursos, bem como ter informação precisa, correta, confiável e tempestiva para a tomada de decisões.
Estamos avançando para uma sociedade pós-moderna, indústria 5.0 onde o humano estará no centro do processo e nenhum de nós será mais inteligente do que todos nós juntos.
Da Universidade da Singularidade emanam perspectivas positivas de que o futuro pode ser melhor do que imaginamos, pois teremos a tecnologia resolvendo problemas clássicos da humanidade como fome, pobreza extrema e transformando recursos outrora escassos em abundantes.
Somente com muita autoconfiança, otimismo e credibilidade conseguiremos dar o próximo salto que a contabilidade precisa para estar entre as profissões mais valorizadas.
Precisamos ajudar as empresas a crescerem e se desenvolverem contando com a agilidade irrefutável da I.A. e de todas as tecnologias acessíveis. A economia, a sociedade e os empresários serão os grandes beneficiários dessa revolução da qual temos tudo para sermos protagonistas. Parabéns, contadores!