Já era hora de o Rio Grande do Sul encarar de vez a realidade de suas contas públicas, em particular das despesas com pessoal. Dar transparência absoluta ao volume de receitas e à destinação das despesas é o primeiro passo para se compreender a extensão dos problemas e começar a tomar ações concretas para enfrentá-los. A preocupação não pode se restringir apenas ao Executivo, pois também o Legislativo e o Judiciário são custeados com os mesmos impostos pagos pelos contribuintes. O envio, pelo Palácio Piratini, da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) à Assembleia Legislativa é o momento adequado para o debate sobre uma questão crucial para o Estado, às voltas com uma crise fiscal de proporções inéditas, que se agravou nos últimos anos.
Editorial
Realismo orçamentário
É hora de os parlamentares decidirem se querem ver o futuro do Rio Grande do Sul com as mesmas lentes da fantasia fiscal que mantém há décadas o Estado aprisionado no atoleiro das contas públicas