Por Úrsula Petrilli Dutra Christini, servidora pública
Brigamos em nome da paz. Revoltamo-nos em nome do amor. Desprezamos em nome da proteção. Declaramos guerra em nome de Deus. Hein? É tão simples e ao mesmo tempo tão desafiador. Ver o outro como semelhante e compreendê-lo, ainda que tenha ideias opostas. Se todos nós, em tese, queremos o bem, por que sempre aparece alguém para complicar? E não estou falando só a nível político. Em pequenos grupos, também, há a discórdia.
Os grupos de WhatsApp são os melhores modelos do que é viver em sociedade, atualmente. E "sair do grupo", simplesmente, pode não ser a melhor opção. As redes sociais, com aquelas frases cutucando alguém, direta ou indiretamente, são os melhores exemplos de intolerância.
Ora, não há como todos concordarem sempre. Sim, temos opiniões diferentes, é importante respeitá-las e, mais importante ainda, respeitar as pessoas que estão as expressando.
O seu familiar que conviveu a vida inteira com você, por exemplo, o fato de ele pensar diferente não o faz a pior pessoa do mundo. O mesmo vale para aquela pessoa que você considerava tão culta e acredita em um Deus diferente do seu.
Vamos aceitar mais as pessoas como elas são, fazer a nossa parte, divulgar as boas ações, e não nos preocuparmos tanto se alguém pensar diferente de nós. Respeitar o livre arbítrio do outro ser humano é básico.
A noção do certo e do errado, do bem e do mal, todos nós temos. Vamos zelar mais pelo bem, deixando de lado o egoísmo, a ganância e a pretensão de sempre ter razão. Vamos, definitivamente, aprender a viver em sociedade, para juntos evoluirmos para o próximo nível. Se assim não o fizermos, viveremos sempre em guerra, com crises de pânico, ou viveremos cada vez mais isolados, com a famosa depressão, o mal do século. Por isso, vamos "baixar a guarda" e estender nossas mãos, para literalmente fazermos as pazes, em nome da paz.