Por Alfredo Fedrizzi, jornalista e consultor
Com a tecnologia, a inteligência artificial e os robôs entrando em todas as atividades, cresce o desafio de saber quais profissões continuarão, quais vão crescer, gerar oportunidades e oferecer melhores salários. E as que vão desempregar mais. A lista de profissões que vão sumir cresce, num mundo que quer fazer tudo mais rápido e barato, trocando o trabalho humano pelas máquinas. Um recente estudo feito pelo McKinsey Global Institute mostra as habilidades que serão exigidas até 2030 pelos principais países europeus e Estados Unidos. São cognitivas altas e sócioemocionais como: saber trabalhar colaborativamente, em times, influenciando outros, atenção a detalhes, resolução de problemas, construção de relações interpessoais, adaptabilidade, alfabetização avançada, criatividade em todas as áreas, tomar decisões, desenvolver estratégias de marketing, entender e saber explicar aos consumidores detalhes técnicos de produtos e serviços, escrever e editar, habilidades estatísticas, pensamento crítico, processos de informação complexos, médicos, contadores, analistas de pesquisas, comunicação avançada e negociação, empatia, habilidade de aprender constantemente, lidar/gerenciar outros, ser adaptável, desenvolvimento de negócios, programação, respostas emergenciais, aconselhamento. Mas são as habilidades tecnológicas as que mais vão crescer e pagar melhor. É tudo o que diz respeito à inteligência artificial, análise de dados, engenharia e pesquisas.
O lado triste desse estudo é que duas das habilidades que mais geram trabalho no mundo hoje vão continuar perdendo emprego. São as habilidades físicas, manuais e cognitivas básicas: motoristas (carro autônomo vem aí), enfermeiros, eletricistas, trabalhadores de linhas de montagem (robôs invadindo), artesãos, corretores (e todo tipo de intermediação), secretárias, telefonistas, caixas, serviços ao consumidor, escriturários, quem mexe com baixo nível de dados, e muito mais.
Se até há pouco tempo, a vida era dividida em um período de estudar e outro de trabalhar, hoje não podemos parar de estudar. Mesmo sabendo que em países mais ricos isso chega antes, é preciso buscar constante aperfeiçoamento, para não entrar na lista dos “obsoletos”. Nossas escolas e universidades precisam passar por uma completa reciclagem. Mas...o que fazer com os milhões de desempregados?