Com a entrega, finalmente, da licença de instalação da Prefeitura de Porto Alegre, as obras de revitalização do Cais Mauá dão mais um passo à frente, ficando em condições de ser iniciadas em três meses. Se as estimativas se confirmarem, o Consórcio Cais Mauá espera concluir a primeira etapa em dois anos, o que já seria suficiente pelo menos para conter o desgaste físico enfrentado pelos armazéns localizados junto ao porto. É o mínimo que a Capital pode esperar de uma região de alto potencial turístico, há alguns anos condenada a um acelerado processo de deterioração.
Porto-alegrenses realmente interessados em aproveitar o local como centro de lazer e de entretenimento devem se mobilizar desde já para conter resistências por parte de quem se opõe ao projeto, por diferentes razões. Esse tipo de atitude, muitas vezes baseada em alegações improcedentes, ajuda a explicar o fato de um espaço nobre da cidade se encontrar ainda hoje inacessível aos munícipes.
Outras cidades conseguiram provar na prática que é possível transformar áreas degradadas em locais que se tornam referência para munícipes e turistas. Mesmo com atraso, Porto Alegre está diante da oportunidade de recuperar o tempo perdido em dicussões estéreis e partir agora para ações objetivas que, ao final, contemplem a todos, indistintamente.