
O bate-boca sobre a arbitragem nivela todos os dirigentes de todos os clubes. O que aconteceu no primeiro jogo entre Grêmio e Juventude remeteu os dirigentes gremistas a entrevistas e ações raivosas.
Os dirigentes do Juventude, diante da grande vantagem que tiveram por um pênalti claro não marcado, ficaram calados. Estavam favorecidos.
No sábado (1º), lá no Jaconi, veio o gol do Gustavo Martins. Erra a arbitragem confirmando um gol ilegal. Os dirigentes do Juventude ficaram em pé de guerra. Os gremistas, calaram.
Mais tarde, o presidente do Inter, Alessandro Barcellos, depois da vitória contra o Caxias e a classificação do seu clube para a final, nada tinha a dizer sobre isto, apesar de alguns anos sem chegar lá.
Ele queria o Juventude na final. Antes, o seu vice de futebol chegou a dizer que não iam tirar o campeonato do Inter na marra. Que eu saiba, quem quer tirar o título do Inter é o Grêmio, que também passou para a final. Tudo muito parecido.
A ilusão do VAR
Tenho sérias restrições ao uso do VAR. Reconheço que é muito útil nos impedimentos, mesmo que ache uma chatice esperar muito tempo por uma solução. Mas os lances de interpretação ficam por conta dos humanos.
O que o VAR pode oferecer é a proximidade ou câmeras dispostas em ângulos diferentes. Voltemos aos jogos de Grêmio e Juventude, dois exemplos próximos.
O árbitro do primeiro jogo não deu pênalti porque entendeu que o zagueiro Abner tocou antes na bola. Pronto, não marcou a infração que para muitos pareceu muito clara.
No jogo do sábado passado, muitos concluíram ter havido jogo perigoso no gol gremista. Daronco e o VAR validaram o lance.
Assim, inicia-se mais uma discussão sem fim. Ou por convicção ou por interesse sempre, teremos discordância. O ser humano tem suas subjetividades. Cada um pode pensar qualquer coisa e ter a opinião que quiser.