O episódio da chacina de presos por outros presos no Complexo Prisional Anísio Jobim, em Manaus, reacende o debate sobre parcerias público-privadas para a administração de penitenciárias e de serviços típicos de Estado. A empresa que administra o Compaj e outras unidades prisionais do Amazonas, cobrando por detento bem mais do que outros Estados gastam com seus apenados, simplesmente eximiu-se de responsabilidade pelo morticínio. Alega a Umanizzare, em nota, que só responde por limpeza, assistência social e jurídica dos presos, além da vigilância eletrônica, e que cabe ao Estado cuidar da chamada "atividade-fim", que inclui o comando da unidade, a disciplina e a segurança armada. A Secretaria de Segurança do Amazonas discorda e já decidiu revisar a parceria. O governo daquele Estado também está sendo pressionado pelo Ministério Público de Contas a rescindir os contratos com a empresa privada por ineficiência de gestão.
Editorial
A privatização das prisões