Wilhelm Barkhoff, pensador alemão morto em 1994, dizia que "o medo de um futuro que tememos só pode ser superado com imagens de um futuro que queremos". Esse futuro que almejamos não será concretizado somente a partir de um desejo, por mais genuíno e legítimo que seja. É preciso, antes de tudo, que haja condições objetivas para que ele ocorra com sucesso. Nessa perspectiva, a capacidade de bem gerir é central e, juntamente com outras condições materiais, cognitivas, tecnológicas e de ambiente regulatório, compõem o arcabouço essencial para um futuro de maior prosperidade para indivíduos, sociedade e a própria nação.
Gerir com eficácia significa ter as competências necessárias para equilibrar demandas conflitantes, complexas e muitas delas mutuamente excludentes. Fazer as escolhas certas é fundamental. O guru de administração Peter Drucker alertava que "não há nada mais inútil do que fazer bem feito aquilo que nunca deveria ter sido feito". Num ambiente de maior escassez de recursos, esse alerta soa bastante oportuno para gestores públicos ou privados.
Essa quase imposição de maior racionalidade na alocação de capital torna a arte de uma gestão eficaz um imperativo de sobrevivência organizacional e coloca em xeque o falso dilema de que a boa gestão é atributo do setor privado, cabendo ao segmento estatal a imagem de gestor ineficiente e ineficaz. Não há mais espaço para essa dicotomia. Ambos os setores, público e privado, serão submetidos à dura prova de maior eficiência, maior transparência, maior compromisso com a ética e, acima de tudo, com uma sociedade mais vigilante e atenta aos seus direitos.
A nova moldura do ambiente de negócios, requer dos indivíduos um novo posicionamento, cada vez mais atento, mais sintonizado com mudanças inéditas e carentes de abordagens criativas, não contaminadas por visões já superadas no tempo. A disposição de aprender de forma continuada é um caminho sem volta. O horizonte que se avizinha aponta claramente para uma condição sine qua non para pessoas, organizações públicas e privadas: o desafio da gestão eficaz.