Com a renúncia à presidência da Câmara e a iminente cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os parlamentares têm hoje uma ótima oportunidade para se redimir parcialmente com os seus representados, escolhendo um comandante melhor sintonizado com os interesses dos cidadãos. A votação, que começa à tarde e tende a se prolongar até a madrugada de amanhã, está sendo precedida por intensas articulações políticas, envolvendo principalmente a base de apoio ao governo interino. Justifica-se: o eleito não só terá a enorme responsabilidade de comandar a maior casa legislativa até fevereiro do ano que vem como também poderá assumir, na prática, a condição de vice-presidente da República, se o impeachment for confirmado.
Editorial