Em nova rodada de negociações, governadores dos Estados mais endividados, incluindo Rio Grande do Sul e Santa Catarina, voltaram ontem a Brasília, buscando conciliar os interesses da União, que insiste numa solução de longo prazo, com os das demais unidades da federação, mais preocupadas com uma redução imediata nos desembolsos. O agravamento da crise política vem dificultando o debate sobre as alternativas, a ponto de a última reunião sobre o tema ter sido prejudicada pelo tumultuado depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda assim, a questão precisa continuar como prioridade na pauta, pois tem potencial para provocar o efeito de uma verdadeira bomba nas finanças do setor público de maneira geral.
Editorial