Desta vez é bem pertinho. Milhares de pessoas estão sofrendo com os efeitos da chuva. Não é na Síria ou no Haiti. É aqui. Sofrimento não se mede por proximidade. Somos todos humanos. A diferença é que, agora, é mais fácil ajudar.
O desafio é transformar solidariedade em ação. Se é pra se sentir bem e dormir sossegado, tá valendo. É só esvaziar o armário, juntar os brinquedos que as crianças não querem mais e levar ali no Ginásio Tesourinha, em Porto Alegre. Faça e sinta-se bem, com justiça e merecimento.
Mas tem um outro tipo de ajuda. Não é dar ao outro o que nos sobra. É dar ao outro o que ele precisa. Ouvi ontem da Defesa Civil: há roupas para adultos em quantidade suficiente. Brinquedos, também. Mas não há cobertores, fraldas, comida, colchões.
Não é tarefa de ninguém, muito menos minha, julgar intenção ou gesto nesta hora. Cada um que ajuda, de qualquer jeito, faz a sua parte. Ainda mais quando a previsão do tempo aponta para mais chuva nesta semana.
Todo esforço é importante.
Só o que não pode, nessas horas, é achar que o problema é só dos outros.