
Um documento publicado no site oficial da Casa Branca, dos Estados Unidos, na terça-feira (15), mostra que as tarifas impostas à China chegam à 245%. As informações são do portal g1.
O material divulgado pelo governo americano não explica como o cálculo para aplicação dessa taxa foi feito, mas detalha as principais decisões da política econômica e comercial do presidente norte-americano.
Questionado sobre as novas tarifas, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, disse que o país irá manter a sua posição, segundo o jornal estatal chinês Global Times.

"Parem de ameaçar e chantagear"
A China fez um apelo nesta quarta-feira (16) para que os EUA "parem de ameaçar e chantagear", depois que a Casa Branca transferiu a Pequim a responsabilidade de iniciar uma negociação para desacelerar a guerra comercial entre as duas grandes economias mundiais.
O presidente americano, Donald Trump, iniciou uma guerra tarifária contra aliados e rivais, na qual a China ficou com a pior parte, com tarifas adicionais de 145% para seus produtos importados pelo país da América do Norte.
— A China não deseja lutar, mas não tem medo de lutar — reiterou nesta quarta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian. — Se os Estados Unidos realmente querem resolver o assunto por meio do diálogo e da negociação, devem parar de exercer pressão extrema, parar de ameaçar e chantagear, e conversar com a China com base na igualdade, respeito e benefício mútuo — insistiu.
Desde sua chegada à Casa Branca em janeiro, Trump impôs tarifas adicionais de 145% a vários produtos chineses, que se somam às tarifas aplicadas pelas administrações anteriores.
Inicialmente, o republicano decretou taxa de 20% pelo suposto papel da China na entrada de fentanil nos Estados Unidos e, pouco depois, acrescentou outros 125% para teoricamente compensar os desequilíbrios na balança comercial entre os dois países.
Contudo, em um aparente indício de distensão, o governo americano isentou das tarifas mais recentes produtos como computadores, smartphones e semicondutores, dos quais a China é um grande produtor.