A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, criticou a inelegibilidade da líder da extrema direita francesa Marine Le Pen por cinco anos, o que, segundo ela, priva milhões de cidadãos de representação.
"Não conheço profundamente as acusações contra Marine Le Pen, nem as razões de uma decisão tão contundente", declarou Meloni, líder do partido pós-fascista Irmãos de Itália, ao jornal Il Messaggero.
"Mas acredito que ninguém que se preocupe com a democracia pode se ficar feliz com uma sentença que visa a líder de um partido importante e priva milhões de cidadãos de representação", acrescentou.
A Justiça francesa condenou Le Pen na segunda-feira por desviar recursos públicos quando era eurodeputada, acusações que ela nega.
A líder do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) foi declarada inabilitada para a disputa de cargos públicos por cinco anos, o que significa que, por enquanto, ela não pode se candidatar à eleição presidencial francesa de 2027.
Marine Le Pen, que apresentará recurso contra a sentença, também foi condenada a quatro anos de prisão, mas ela terá que cumprir apenas dois anos em regime domiciliar e com tornozeleira eletrônica quando a sentença for definitiva.
A decisão da Justiça abalou o cenário político na França, em particular porque a política de 56 anos é apontada como uma das favoritas para a próxima eleição presidencial, que não terá a candidatura do presidente centrista Emmanuel Macron, que está em seu segundo mandato.
* AFP