
Após as tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e México e uma adicional de 10% contra a China entrarem em vigor, impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os chineses e canadenses anunciaram medidas retaliatórias. É esperado que os mexicanos tomem ações semelhantes.
Nesta terça-feira (4), Pequim anunciou aumento de até 15% na tarifa sobre alimentos e outros produtos agrícolas, além de aumentar as restrições de exportação para empresas americanas. As medidas passam a valer em 10 de março.
A potência asiática também entrou com uma ação na Organização Mundial do Comércio, alegando descumprimento das regras do cartel pelos americanos.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, aumentou as tarifas sobre quase US$ 100 bilhões em importações dos Estados Unidos por 21 dias.
Entenda o caso
Na segunda-feira (3), Donald Trump confirmou a aplicação das taxas de 25% sobre importações do Canadá e do México, e de 20% para produtos da China, valido a partir desta terça. Ele também assinou um decreto para aplicar tarifa sobre produtos agrícolas de fora do país.
As taxas contra os países americanos entrariam em vigor no início de fevereiro, mas um acordo firmado com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, adiou a aplicação em um mês.
Com o vencimento do prazo, Trump confirmou o início da taxação. Os dois países são seus parceiros no tratado de livre-comércio T-MEC.
México e Canadá haviam se comprometido a tomar medidas contra a entrada de fentanil — opioide sintético que mata milhares de pessoas de overdose nos EUA — e imigrantes ilegais nos Estados Unidos pelas fronteiras com os dois países. No último dia 27, Trump disse que as drogas continuam entrando nos EUA "em níveis muito altos e inaceitáveis".
O tráfico de fentanil também é a justificativa utilizada pelo presidente norte-americano para uma tarifa geral adicional de 10% sobre as importações da China, além dos 10% iniciais que estão em vigor desde o início de fevereiro.