
A União Europeia (UE) advertiu nesta sexta-feira (14) que responderá com firmeza à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de adotar tarifas recíprocas no comércio exterior, ideia que para o bloco segue "na direção errada".
"A UE reagirá com firmeza e imediatamente contra as barreiras injustificadas ao comércio livre e justo, inclusive quando as tarifas são utilizadas para desafiar políticas legais e não discriminatórias", anunciou a Comissão Europeia, o braço Executivo da UE, em um comunicado.
"A UE mantém algumas das menores tarifas do mundo e não vê justificativa para o aumento das americanas em suas exportações", afirmou a Comissão.
Na quinta-feira, Trump anunciou que vai impor "tarifas recíprocas" aos seus parceiros comerciais, em uma declaração que provocou o alerta de uma guerra comercial com aliados e rivais.
Trump chamou de "absolutamente brutal" a política comercial da UE em relação aos Estados Unidos e disse que vários aliados comerciais de Washington eram "piores que nossos inimigos".
Para a UE, "as tarifas aumentam a incerteza econômica e interrompem a eficiência e integração dos mercados globais".
O bloco europeu, acrescenta a nota, acredita em associações comerciais que são "mutuamente benéficas e equilibradas, baseadas na transparência e equidade". Também insiste que suas tarifas sobre importações "estão entre as menores do mundo".
O presidente americano impôs novamente tarifas de 25% sobre as importações de aço e de alumínio. A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, afirmou que a medida "não ficará sem resposta".
Durante seu primeiro mandato (2017-21), Trump adotou tarifas alfandegárias de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio. As medidas foram suspensas por ele mesmo ou por seu sucessor, Joe Biden.
Em resposta, os europeus adotaram medidas de represália muito específicas, centradas no bourbon ou nas motocicletas Harley-Davidson americanas.
* AFP