O presidente do Equador, Daniel Noboa, nomeou nesta quarta-feira (13) um novo ministro da Economia em meio a dificuldades financeiras causadas pelo custo de sua guerra contra gangues do tráfico de drogas e pelo alto endividamento público.
Por meio de um decreto, Noboa designou Luis Alberto Jaramillo como titular da pasta econômica. Jaramillo já atuava como ministro da Produção e Comércio Exterior.
Ele substituiu Juan Carlos Vega, que havia sido nomeado por Noboa pouco depois de sua posse, em 23 de novembro de 2023.
Durante sua gestão, o governo aumentou o IVA de 12% para 15% para financiar a guerra contra o crime organizado, cujas atividades fizeram a taxa de homicídios saltar de 6 por 100 mil habitantes em 2018 para 38 em 2024, passando pelo recorde de 47 em 2023.
Também foram eliminados subsídios milionários aos combustíveis, e Quito assinou há um ano um empréstimo de 4 bilhões de dólares (R$ 23 bilhões) com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A dívida pública do Equador, país com cerca de 18 milhões de habitantes, representa 57% do PIB, segundo o FMI.
"Estou certo de que, sob sua liderança, o Equador continuará no caminho do progresso para proporcionar bem-estar a toda a população", declarou Vega em sua conta na rede social X, sem especificar o motivo de sua saída.
Ele acrescentou que, ao assumir o cargo, a economia dolarizada do país "era muito complexa devido ao nível de atrasos e a um déficit fiscal extremamente alto" e que "hoje temos um Equador com finanças públicas sustentáveis".
Noboa, que se autodefine como de centro-esquerda, encarregou a pasta da Produção ao vice-ministro do Comércio Exterior, Carlos Zaldumbide.
O presidente disputará o segundo turno da eleição presidencial em 13 de abril contra a esquerdista Luisa González, para o mandato de 2025-2029.
* AFP