A Nicarágua anunciou nesta terça-feira (4) sua retirada da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e exigiu o fechamento de seus escritórios em Manágua, em rejeição a um relatório que afirma que a fome aumentou neste país da América Central.
"A atitude da FAO é inaceitável, inadmissível e desrespeitosa. Consequentemente, comunicamos a retirada da Nicarágua desta Organização e exigimos o fechamento de sua Representação e Escritórios na Nicarágua imediatamente", afirmou um comunicado assinado pelo chanceler Valdrack Jaentschke.
Segundo o relatório, a prevalência de subalimentação na Nicarágua passou de 17,8% em 2018 para 19,6% em 2023. Na América Latina e no Caribe, apenas o Haiti (50,4%) e Honduras (20,4%) estão em situação pior.
O governo afirmou rejeitar o relatório "por carecer de objetividade, rigor metodológico, conter informações falsas, com tendência intervencionista, agressiva e que foi difundida de maneira mal-intencionada com fins políticos".
* AFP
