O presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, anunciou nesta quinta-feira (13) a rejeição de seu país a um pedido de Israel para manter cinco posições no sul do Líbano após 18 de fevereiro, data limite para a retirada das forças israelenses.
Os Estados Unidos, atuando como mediadores, "me informaram que a ocupação israelense se retirará em 18 de fevereiro das localidades que ainda ocupa, mas permanecerá em cinco posições", declarou Berri, segundo seu gabinete.
"Informei a eles, em meu nome e em nome do presidente e do primeiro-ministro, nossa rejeição absoluta" a essa proposta.
Berri fez essas declarações após se reunir em Beirute com a embaixadora dos Estados Unidos no Líbano, Lisa Johnson, e com o general americano Jasper Jeffers, chefe do comitê que supervisiona o acordo de cessar-fogo em vigor desde 27 de novembro, após mais de dois meses de guerra entre o Hezbollah libanês, apoiado pelo Irã, e Israel.
"Recusei falar sobre qualquer extensão do prazo para a retirada" de Israel, acrescentou Berri.
Segundo o acordo de trégua, apenas o Exército libanês e as forças de paz da ONU podem se posicionar no sul do Líbano, de onde o Exército israelense deveria ter concluído sua retirada em 26 de janeiro, após um período de 60 dias. No entanto, a operação de recuo foi estendida até 18 de fevereiro.
Por sua vez, o Hezbollah, enfraquecido pela guerra, deve retirar suas forças para o norte do rio Litani, a cerca de 30 km da fronteira, e desmantelar sua infraestrutura militar no sul.
* AFP