O helicóptero militar que se chocou no ar com um avião da American Airlines e causou a morte de 67 pessoas na última quarta-feira (29), em Washington D.C., era pilotado pela capitã Rebecca Lobach. A militar de 28 anos tinha mais de 450 horas de experiência de voo, informou o Exército dos Estados Unidos.
A identidade de Rebecca era mantida em sigilo desde sexta-feira (31), quando as Forças Armadas dos Estados Unidos revelaram os nomes dos outros dois militares a bordo do Black Hawk: o sargento Ryan Augustin O'Hara, 28 anos, e o suboficial-chefe Andrew Loyd Eaves, 39.
Conforme o jornal The New York Times, em ação extraordinária, o Exército dos Estados Unidos respeitou um pedido de privacidade da família de Rebecca para não revelar o nome. A medida foi uma forma de preservar a capitã frente a falas do presidente Donald Trump, que atribuiu a queda na segurança aérea dos Estados Unidos à diversidade.
No sábado (1º), a família de Rebecca, juntamente com o Exército norte-americano, publicou uma declaração para corroborar as qualificações da filha. Uma delas era a experiência de mais de 450 horas de voo.
Quem era Rebecca Lobach
Nascida em Durham, na Carolina do Norte, Rebecca Lobach havia ingresso no Exército dos Estados Unidos em janeiro de 2019. Antes de ser certificada como piloto em comando, ela atuou duas vezes como líder de pelotão e foi oficial executiva no 12º Batalhão de Aviação em Fort Belvoir, na Virgínia — base militar de onde o Black Hawk decolou.
Na data do acidente, Rebecca realizava treinamento anual de voo. Ela era formada pela Reserve Officers' Training Corps (ROTC) — Corpo de Treinamento de Oficiais da Reserva, em tradução livre — da Universidade da Carolina do Norte, onde também graduou-se em Biologia.
Relembre o acidente
Um avião comercial e um helicóptero militar caíram no Rio Potomac após colidirem no ar na quarta-feira à noite nas imediações de Washington D.C. O acidente ocorreu próximo ao Aeroporto Nacional Ronald Reagan.
Não houve sobreviventes. A colisão matou 67 pessoas, sendo 64 a bordo do avião da American Airlines e três do Black Hawk do Exército dos Estados Unidos.
Áudios obtidos pelo LiveATC.net, site especializado em gravações de voo, e divulgados pela Agência Reuters, indicam que o helicóptero foi alertado pela torre de controle do aeroporto sobre a presença da outra aeronave minutos antes da colisão. Os momentos subsequentes são de conversas entre os controladores de voo.
— Bateu, bateu, bateu! Isso é um alerta três — expressou um dos agentes.
— Eu só vi uma bola de fogo e depois desapareceu. Não vi mais nada desde que eles atingiram o rio — relatou um dos controladores de voo logo após o acidente.