A China afirmou nesta quinta-feira (13) que está "contente" que Washington e Moscou "reforcem sua comunicação", depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou com seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, sobre o fim da guerra na Ucrânia.
"Rússia e Estados Unidos são dois países muito influentes. A China está contente que Rússia e Estados Unidos reforcem sua comunicação e seu diálogo sobre uma série de questões internacionais", disse o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Guo Jiakun.
Trump afirmou que na quarta-feira teve uma "conversa prolongada e muito produtiva" com Putin, o primeiro contato confirmado entre os dois governantes desde que o magnata republicano voltou ao poder em janeiro.
O Wall Street Journal publicou nesta quinta-feira, citando fontes anônimas de Pequim e Washington, que autoridades chinesas entraram em contato recentemente com o governo dos Estados Unidos por meio de intermediários para propor um encontro de cúpula entre Trump e Putin.
A oferta "facilitaria os esforços de manutenção da paz após uma possível trégua", mas não envolveria o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, segundo o jornal norte-americano.
O jornal acrescenta que uma autoridade da Casa Branca descartou a proposta de Pequim como "totalmente inviável".
Questionado sobre a informação do jornal, Guo respondeu que não tinha nada a informar a respeito.
China e Rússia estabeleceram nos últimos anos uma aproximação diplomática, militar e econômica.
Desde a invasão russa à Ucrânia em 2022, Pequim tenta se posicionar como um ator neutro no conflito, mas os países ocidentais criticaram a recusa chinesa de condenar a Rússia.
Guo afirmou nesta quinta-feira que "a China sempre acreditou que o diálogo e a negociação são a única forma viável de resolver a crise (ucraniana) e sempre esteve comprometida com a promoção da paz".
* AFP