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Acusações de negligência se multiplicaram na Turquia nesta quarta-feira (22), um dia após um incêndio em um hotel de esqui, que provocou a morte de 78 pessoas e feriu mais de 20. A imprensa turca e a oposição denunciam falhas que agravaram a tragédia em Kartalkaya, no centro do país.
Um balanço final da quantidade de mortos foi divulgada na quinta-feira (23). O incêndio iniciou durante a madrugada em um restaurante no quarto andar. As causas permanecem desconhecidas. A polícia prendeu nove pessoas, incluindo o gerente do hotel. Sobreviventes relatam que nenhum alarme foi acionado e que o hotel não tinha portas corta-fogo.
"Não foi o incêndio, mas a negligência que causou a morte" dos hóspedes, escreveu o principal jornal estatal, Hürriyet, nesta quarta-feira.
O estabelecimento de luxo, localizado a duas horas da capital Ancara e a menos de quatro de Istambul, estava lotado de famílias aproveitando as férias escolares.
Um neurologista, a esposa dele professora e os três filhos, dois deles gêmeos, foram os primeiros a serem enterrados. Outro funeral programado é de oito familiares de um funcionário do partido AKP, do presidente Recep Tayyip Erdogan, que deve comparecer.
O Ministério do Turismo afirma que o hotel passou por fiscalização dos bombeiros em 2021 e 2024. A pasta e autoridades locais evitam assumir a responsabilidade pela verificação das normas de segurança.
O ministério nega a falta de escadas de emergência e afirma que o hotel tem duas.