Mais de 40 mil pessoas estão refugiadas no aeroporto de Bangui, na República Centro-Africana. Eles estão no local desde o dia 5 de dezembro e são atendidos por uma equipe móvel da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF). A população decidiu se refugiar no aeroporto para tentar escapar dos confrontos entre as milícias islâmicas e cristãs, que já deixaram centenas de mortos na região. O local é considerado mais seguro pois fica próximo a uma base francesa e é patrulhado por soldados da força de paz da União Africana.
De acordo com a MSF, mais de 200 consultas estão sendo realizadas por dia no aeroporto. São oferecidos principalmente curativos para ferimentos, abscessos e queimaduras. Pessoas que estão com algum tipo de infecção respiratória, malária ou que necessitam de intervenção cirúrgica estão sendo encaminhadas para hospitais de Bangui.
Conforme a coordenadora de emergência de MSF na região, Rosa Crestani, a situação dos refugiados é complicadas. - As condições sanitárias são deploráveis e as pessoas estão vivendo com medo - explica.
Em carta enviada à subsecretária-geral para Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Valérie Amos, a MSF criticou as ações da ONU e disse que a entidade falhou na entrega de uma resposta adequada à gravidade das necessidades humanitárias da área. Outras instituições humanitárias como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e a Cruz Vermelha da República Centro-Africana também estão auxiliando os refugiados que vivem no Aeroporto de Bangui.
Conflito
Cerca de 40 mil pessoas se refugiam em aeroporto na República Centro-Africana
População busca fugir da onda de violência que envolve milícias islâmicas e cristãs
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