
O locutor João Corrêa faleceu na segunda-feira (10), aos 63 anos, em Santa Rosa, no noroeste gaúcho. Ele lutava contra a leucemia e deixa a esposa, quatro filhos e 10 netos.
Com uma trajetória de mais de quatro décadas na comunicação, João dedicou a vida ao rádio. O legado inclui a formação de inúmeros locutores, narradores esportivos e animadores musicais, sempre com generosidade e dedicação ao ofício.
"Hoje, o meio radiofônico amanheceu mais triste. Perdeu-se um grande comunicador, amigo e uma voz inesquecível na radiodifusão: João Corrêa. Nome de referência no jornalismo esportivo e na radiodifusão do sul do Brasil, ele deixa um legado de paixão pelo microfone e pelo esporte", escreveu a Nossa Rádio 97.5 FM, de Horizontina, onde ele atuava, em publicação no Instagram.
Vida dedicada ao rádio
Natural de Panambi, João Corrêa iniciou sua trajetória profissional devido à paixão que tinha pelo futebol, percorrendo estádios com um gravador de fita K7 para registrar partidas e alimentar o noticiário esportivo. Seu talento logo abriu portas para o rádio no interior gaúcho, especialmente nas regiões Norte e Noroeste do Estado.
A primeira experiência profissional foi na Rádio Vera Cruz, seguida por passagens pela Rádio Ametista, em Planalto, e pela Rádio Brasil Novo, em Jaraguá do Sul. Ao longo da carreira, trabalhou também em Rio do Sul, ao lado do irmão Vilmar Corrêa, e chegou até o Paraguai, onde atuou na radiodifusão em Santa Rita.
Volta ao Brasil
De volta ao Brasil, João passou por emissoras de Seberi, Espumoso e, mais recentemente, integrou a Rede Nossa Rádio, com atuação nas estações 96.7 FM, em Caibi, e 95.7 FM, em Horizontina.
O jornalista Marcos Antonio Corbari, um dos colegas que aprendeu com João Corrêa a arte da linguagem radiofônica, destacou sua importância na formação de novos profissionais:
— Sua voz forte não disfarçava o coração sensível e a postura sempre generosa. Mesmo sem ter graduação nas universidades, foi um professor e mestre para muita gente que teve o privilégio de tê-lo como colega de emissora. Merece ter o nome lembrado nos anais da história do rádio no Rio Grande do Sul.