
A jornalista Cleide Carvalho faleceu nesta sexta-feira (14), aos 63 anos, em decorrência de um câncer. Com uma trajetória marcada pelo jornalismo investigativo, ela se destacou em reportagens sobre tráfico humano, crimes ambientais e corrupção.
Formada pela Faculdade Cásper Líbero, Cleide iniciou a carreira no setor econômico, passando por veículos como a revista Exame, mas foi no jornal O Globo que consolidou seu nome na profissão. As informações são do jornal O Globo.
Cobriu a Operação Lava-Jato, coordenou grandes coberturas digitais e esteve à frente de reportagens sobre tragédias e crimes que marcaram o país.
Na era digital, teve papel fundamental na implantação do site do Globo, com foco na cobertura da cidade de São Paulo. Nesse período, coordenou e participou de coberturas marcantes, como o desabamento da estação Pinheiros da Linha 2 do Metrô, a morte da menina Isabela Nardoni e o julgamento e condenação do pai e madrasta, além do assassinato do cartunista Glauco.
Diante de tragédias como a queda do avião da TAM, não hesitava em trabalhar madrugada adentro para manter a cobertura atualizada. Com a mesma energia e bom humor, também encarava noites sem dormir para cobrir o Carnaval paulista.
A visita do papa Bento XVI ao Brasil, em 2007 também resultou em inúmeras reportagens idealizadas por ela e executadas por sua equipe do online.
Respeitada no meio jornalístico, era reconhecida pelo faro apurado para pautas e pela dedicação ao ofício. Mesmo durante o tratamento contra a doença, seguiu ativa na profissão. Cleide deixa o marido, Raul, o filho Matheus e uma legião de colegas e admiradores.