O município de Imbé, no Litoral Norte, amanheceu nesta segunda-feira (17) com estragos em diversos locais após o temporal que atingiu o Rio Grande do Sul ao longo de domingo (16), com chuva e vento intensos. O município decretou situação de emergência.
Segundo a Defesa Civil municipal, há entre 300 e 400 casas destelhadas. Pelos atendimentos feitos desde a noite de domingo, acredita-se que 50% do município foi atingido. Cinco famílias tiveram que passar a noite em casas de vizinhos ou familiares.
De acordo com o prefeito Ique Vedovato, o temporal atingiu toda a cidade.
— De uma ponta a outra, o que não é comum nesse tipo de evento climático. Às vezes é um bairro, sei lá, um tufão de vento que pega em uma determinada região, pegou de uma ponta a outra. Não tem local que não tenha casas destelhadas — afirma o gestor.
Vários pontos estão sem energia elétrica. De acordo com o prefeito, a CEEE Equatorial afirmou que precisará de três dias para normalizar o serviço por completo no município. A concessionária negou a informação e disse que pretende restabelecer o serviço na maior parte da cidade ainda nesta segunda.
Um outdoor caiu com a força do vento. Morador de uma residência em frente à estrutura, Patrick Borges, 38 anos, relatou que a placa começou a girar até que caiu em cima de uma cerca e da fiação elétrica, atingindo pelo menos sete postes. Segundo ele, nenhum morador ficou ferido.
A estrutura metálica da fachada do Desco Atacado, na rótula da Avenida Rio Grande com Paraguassú, ficou retorcida. Partes também caíram e atingiram veículos próximos.
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Norberto Martinho Cardoso, no bairro Nova Nordeste, o ginásio desabou. Parte das telhas foram arrancadas.
A prefeitura cancelou a volta às aulas, que estavam previstas para esta segunda. Agora serão retomadas na próxima semana.
Na Rua Itália, no bairro Mariluz, uma árvore caiu em cima de uma casa e ficou com a raiz exposta. Ninguém ficou ferido.
Há ainda dificuldades devido à falta de energia elétrica e sinais de telefone e internet.
À reportagem, o prefeito da cidade relatou nunca ter vivenciado uma situação parecida com a vivenciada nesta segunda.
— Eu tenho 48 anos, moro a vida toda aqui e nunca vi. A gente já viu vento forte, alguns ventos que destruíram parte da cidade, mas nunca nessa dimensão que pegou a cidade inteira, assim — relata.