A obra do Memorial da Kiss, em Santa Maria, esbarrou em um problema estrutural. Por isso, deve ser entregue apenas em abril do ano que vem — ou seja, um mês depois do prazo estipulado inicialmente.
O motivo é que um prédio vizinho do terreno onde ficava a casa noturna, do lado esquerdo, tem um nível de subsolo que nem o arquiteto criador do projeto vencedor do memorial nem a empresa responsável pela obra tinham sido informados. Trata-se de um edifício residencial que tem um andar abaixo do nível da rua, com apartamento no subsolo.
Conforme Paulo Benedito Kull, responsável pela Infa Incorporadora — que realiza a obra —, a fundação projetada para o espaço era mais curta, pois não considerava esse desconhecido subsolo vizinho. Agora, para poder dar continuidade à obra, será necessário fazer fundações mais profundas, no nível desse subsolo, para não comprometer a estrutura.
— Quando percebemos essa situação, que fomos informados pelo pessoal do prédio, logo entramos em contato com o arquiteto responsável pelo projeto e também com um engenheiro, para que eles tragam as alterações necessárias a serem feitas.
Desde então, a obra está em um ritmo reduzido, acontecendo mais do lado direito do terreno, onde não há esse problema. Seguem sendo feitas escavações.
Agora, é preciso aguardar a avaliação da situação por parte do arquiteto e do engenheiro para que, dada a solução, se parta para a adequação do projeto. Não há informações se o custo total da obra, hoje em R$ 4,3 milhões, sofrerá algum reajuste.
O memorial contará com uma estrutura de 242 pilares, com o nome das vítimas. Também terá jardins, auditório e sala para exposições de arte, além de servir de sede para a Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).
O prédio que abrigava a Kiss já foi totalmente demolido e atualmente o projeto está na fase de fundações. Quando isso for concluído, vem a parte da construção dos pilares.