
Milhares de pessoas visitaram, nesta segunda-feira (21), o recém inaugurado Complexo Cristo Protetor, em Encantado, no Vale do Taquari. Para além do passeio tradicional para as famílias, o momento foi especial: com a morte do papa Francisco durante a madrugada, uma missa em homenagem ao Pontífice foi realizada na Capela São João Batista Scalabrini, localizada dentro do complexo.
Presidente da Associação Amigos do Cristo de Encantado, Robison Gonzatti destacou que o gesto foi uma forma de agradecer ao papa Francisco à recepção em 2023, quando o Pontífice abençoou um fragmento do Cristo Protetor.
— Estivemos junto a toda a Santa Igreja indo ao Vaticano com o cardeal Silvano Maria Tomasi, que nos conduziu ao Papa para a benção do fragmento. Ele proferiu palavras muito emocionantes, foi um momento especial e único na nossa vida. Esta missa é um agradecimento ao nosso querido papa Francisco — resume Gonzatti.
Legado de simplicidade e fé
O presidente da entidade avalia que, como legado, o Pontífice deixa uma lição de simplicidade e fé. A expectativa dos administradores do espaço é que monumentos como o Complexo Cristo Protetor ajudem a perpetuar a espiritualidade no dia a dia.
Para Aldo Luiz Tremea, que acompanhou a missa com a esposa, Adriane Lazzari, o papa Francisco representou a aproximação da Igreja Católica com o povo na sua simplicidade:
— Para nós, cristãos, e que participamos da construção dessa obra, estar aqui no Cristo Protetor, onde ele abençoou o fragmento, é um momento importantíssimo. Estar aqui na missa, em agradecimento a ele pela passagem pelo mundo, na verdade, é emocionante — avalia Tremea.
Emocionada, Adriane considera que o que o Pontífice mais transmitiu foi a lição de humildade, explicitada na sua própria prática de lava-pés:
— Se conseguimos ter a humildade intrínseca na gente, é uma vitória. Deus sempre mostrou isso e acho que, nessa pessoa do Francisco, Ele deixou isso muito rico para a humanidade — resume.
Chamado para celebrar a missa, o padre Alberto Tremea ressalta que os legados do papa Francisco estão em muitos exemplos, palavras, atitudes e, sobretudo, na forma como conduzia a própria vida:
— Aquela alegria de viver, aquela humildade, aquela simplicidade de querer sempre estar com o povo. Nunca se isolou, nem no hospital e nem agora, na enfermidade. Acho que é isso que ele pegou do evangelho: foi como Jesus andando nos caminhos do povo — analisa o padre.
Para o religioso, foi uma alegria ter, durante 12 anos, um Papa sul-americano e que gostava muito do Brasil.