Equipamentos de garimpeiros que retonaram para a Terra Indígena Yanomami, em Roraima, foram apreendidos na terça (16) e na quarta-feira (17). Agentes buscam outros responsáveis pela atividade ilegal na região, que abriga a maior reserva indígena no Brasil. As informações são do portal g1.
É a primeira operação da Polícia Federal (PF) na região após o governo federal anunciar "ações permanentes" na região, com a instalação de uma operação interministerial. Além da operação por terra, também foi feito um sobrevoo para mapear locais de invasão. Até o momento, não há detidos.
O garimpo ilegal é um dos motivos pela crise de saúde no território, uma vez que afeta a saúde dos rios que abastecem uma região em que a maior parte do alimento é proveniente da terra — além da disseminação da malária e de doenças respiratórias. Além disso, a população local vem sendo exposta aos resíduos deixados pela atuação criminosa, principalmente a contaminação por mercúrio. Em 20 de janeiro de 2023, o governo federal decretou emergência sanitária na região.
O Palácio do Planalto anunciou investimento de R$ 1,2 bilhão para o ano de 2024 em ações do governo no território. A ideia é implantar, de forma permanente, uma Casa de Governo para concentrar a atuação permanente dos órgãos federais na segurança e acesso a políticas públicas pelos indígenas.
Na manhã de 9 de janeiro, presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a continuidade e ampliação das ações, já que a presença de invasores segue sendo detectada pelo governo. O presidente defendeu o uso de todo o poder da máquina pública contra o garimpo ilegal.