A região sul do Estado segue com transtornos e pessoas fora de casa devido à chuva dos últimos dias. De acordo com informações disponibilizadas pela Defesa Civil regional na noite desta quarta-feira (13), o município de Rio Grande tinha cerca de 96 pessoas desabrigadas. Há também relatos de Pelotas e Cristal.
Em Rio Grande, os desabrigados foram levados para o Salão Paroquial da Vila da Quinta. Também na cidade, o arroio das Cabeças seguia em elevação durante a noite e várias ruas estavam alagadas. Com a possibilidade de novos alagamentos, o município já trabalhava no planejamento da abertura de novos abrigos.
Em Pelotas, cinco famílias precisaram sair de suas casas e foram alojadas em moradias de parentes. Durante a noite, 68 pessoas foram recebidas na Casa de Passagem. Ainda conforme a Defesa Civil regional, 11 pontes da zona rural do município permanecem interditadas por causa do transbordamento de rios e arroios. A ponte da Z3 está interditada devido ao aumento do nível da Lagoa dos Patos. Nesta quinta-feira (14), as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da área rural permanecem fechadas. As unidades Laranjal, Z3, Bom Jesus, Barro Duro e Osório devem passar por limpeza durante a manhã, com previsão de reabertura à tarde.
Em Canguçu, houve rompimento de barragem no assentamento Renascer, no 5º distrito da cidade. De acordo com a Defesa Civil, não há vítimas e residências não foram afetadas. O prejuízo constatado foi na pecuária — gado e ovelhas teriam sido levados pela força da correnteza na direção do Rio Camaquã. Na cidade, as aulas estão canceladas até sexta-feira.
Em Cristal, havia dois pontos de alagamentos. No local, foram retirados de duas residências quatro adultos e três crianças, que se dirigiram a casas de familiares, totalizando sete pessoas desalojadas. Outra família não quis deixar sua casa. Em Pedro Osório 50 pessoas tiveram que deixar suas casas.
Em São Lourenço do Sul, as aulas permanecem suspensas nesta quinta-feira (14). O arroio São Lourenço, de acordo com informações da Defesa Civil desta madrugada, começou a baixar. Vinte e quatro pessoas estão desabrigadas. Em Cerrito 60 pessoas estão fora de casa.
Outras cidades também têm registros de transtornos. Há dificuldade de acesso ao município de Amaral Ferrador, via RS-354 e por meio de Chuvisca. Na região, águas do Arroio Ladrão invadiram lavouras de fumo. Em Chuvisca, há três pontos de bloqueio nas estradas do Interior por conta das águas.
Em Camaquã, a prefeitura acompanha a situação de famílias que moram nas regiões da Capororoca, Pacheca e Ilha Santo Antônio, com a subida das águas nestas regiões.
Entre os demais municípios da região, em Arambaré, na Praia do Caramuru, as águas avançaram para a orla, causando danos no calçamento. Em Pinheiro Machado, 17 pontes foram danificadas — cinco devem ser avaliadas para provável interrupção de via. Uma estrada na divisa de Pinheiro Machado com Piratini está interrompida. Em Piratini, aliás, 25 pontes estão interditadas. Já em São José do Norte, equipes da prefeitura e da Defesa Civil atenderam a 41 chamados para entrega de lonas e telhas. Há estradas rurais interditadas devido a problemas estruturais causados pelo grande volume de chuva. Também na área rural, em Turuçu, estradas foram interrompidas devido às chuvas.
Além de Canguçu e São Lourenço do Sul, a Defesa Civil regional afirma que há suspensão de aulas em Dom Feliciano, Encruzilhada do Sul e Arroio do Padre.
